sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Por que um Dodginho???

Vamos contextualizar..

Desde q eu me conheço por gente... q eu tenho as minhas lembranças de criança, 3 - 4 anos de idade meu avô já tinha o Dodginho... e eu, desde sempre fui maluco por essa parte de mecânica e carros...





Você consegue imaginar um piá de 4-5 anos de idade sumir, sem falar nada pra ninguém, e ir ao pátio da Rede Ferroviária (q era próximo da minha antiga casa) somente ver as locomotivas durante umas 4 horas? ou então com essa mesma idade ir no carro da mãe (Brasília Amarela inteira podre) pegar o macaco do carro para erguer o seu tico-tico, simulando, imaginando que estava "consertando" o tico-tico.



E desde esta época quando meu avô ia a minha casa com seu Dodginho era uma maravilha. Meu avô já sabia de meu fascínio por seu carro, tanto q quando ele chegava, eu mal dava "oi" para ele e para minha avó e já pedia a chave do seu Dodginho para "dirigir"..

Eu, criança sentava no carro, atrás daquele volante que ostenta a marca DODGE e brincava. Lembro até hoje das recomendações de meu avô: "Neguinho, só não solta o freio de mão porque o carro pode andar e pra trocar de marcha aperte a embreagem para não estragar".

Recomendações passadas era entregue as chaves. Lá estava uma criança realizada, ligava o rádio somente AM/FM e brincava por horas a fio, até ser intimado para o café da tarde com os meus avôs.

Assim foi durante toda minha vida até o dia 9 de maio de 1999, uma terça feira as 23h30min horas em que meu avô faleceu...

Meu pai é filho único, e acho q pelas lembranças de meu avô que este carro o trazia naquele momento de dor, quis vende-lo. Tenho toda certeza q minha mãe interveio nessa hora e pelas lembranças boas q ele me trazia ela não deixou. Não sei ao certo isso até hoje, mas creio nisto.

Após o falecimento de meu avô o Dodge ficou em sua casa ainda durante dois meses até eu conseguir convencer minha mãe (e a poeira começar a baixar) a levá-lo para casa (contra a sua vontade, porque ela não gosta de dirigir o Dodginho até hoje e em 99 ainda tinha 17 anos = sem carteira).

Ainda tenho um papelzinho da última coisa que meu avô fez no carro, alguns dias antes falecimento:



Em janeiro de 2004, estava precisando de peças pro carro (lanterna traseira) e achei um anúncio no jornal de peças para “Dodge V8, Maverick, Galaxie e Dodge 1800”. Liguei e fui ver conferir o que o cara tinha de peças para o Dodginho. Na verdade o anunciante tinha apenas um Dodginho que estava começando a desmontar e o negócio dele era peça para os V8. Ele tinha a lanterna traseira e me pediu R$150,00 na lanterna e se eu levasse o carro inteiro me pediria R$500,00, o que eu fiz?

Descobri tempos depois que o carro ainda tinha documentos, gastei mais R$800,00 nos débitos e este Dodge não virou prego, vai participar de provas de Arrancada!


Resumindo, por gostar do carro, fazer parte da minha infância e ainda tive a oportunidae deste segundo carro q apareceu pra mim e não precisar colocar o carro da família numa competição.

Abração!

Um comentário:

  1. Que história legal, esse tipo de carro nunca deve ser vendido tem que ficar na sua família com seus filhos e assim pode diante. Espero que o projeto STTT vá para as pistas e desbanque os fuscas. Parabens pelo projeto coloque mais fotos e divulge em grandes sites autodynamics/dragsterbrasil quem sabe vc não consegue um patrocinio de alguns dodgeiros!!!

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